quarta-feira, 13 de julho de 2011

“DIFERENTES COORDENADAS – DIFERENTES VISÕES DO NOSSO MUNDO”


Exposição Colectiva de Pintura, Fotografia e Cadernos de Viagem

8 de Julho até 6 de Agosto 2011

Há um olhar feminino para o mundo que nos cerca? Como é que o ambiente circundante nos afecta e emociona?

ADRIENNE SILVA, da Àfrica do Sul retrata com sensibilidade as vivências interiores e aspectos de mudança histórica na Terra resgatada por Nelson Mandela; JIŘINA NEBESÁŘOVÁ mostra-nos paisagens do Chade na sua exuberância geográfica de cores- terra, acompanhadas de fotografias captadas em movimento que se confundem com o seu trabalho pictórico em pastel; ISABEL FIADEIRO surpreende-nos como impacto da tecnologia em povoações distantes da Mauritânia e como a população beneficiou com a mudança. Pintou essa alteração da paisagem na estrada entre Nouakchott e Adrar e a sua mostra traz-nos ainda os sons locais captados por Chris Kirkley.



Adrienne Silva



Thought- provoking work from popular South African artist Adrienne Silva invites us to study what is happening in her work and what we can learn from it.

Our heritage is a rich resource which, as we grow ourselves, we seek to understand and embrace - how it has informed us ....Yet is is elusive and eroded by the passage of time and other factors beyond our control so we cannot delay in our search for hidden meaning.

By Greg Dougal writing for SouthAfricanArtisits


Isabel Fiadeiro

Título: Always in touch (paisagens), 2011

Descrição: 9 dipticos em acrílico sobre madeira prensada (isorel), 20X20 cm e 20X30 cm.

Always in touch


No fim de 2003 quando cheguei à Mauritânia não havia ainda alcatrão que ligasse a capital à fronteira do Norte. Os 500km foram feitos em grupo (5 carros) e com a ajuda de um guia.

Só havia comunicação de telemóvel em duas cidades, Nouakchott a capital, Nouadhibou capital económica (pesca e minério) e ainda assim, com muitas dificuldades.

A estrada em alcatrão foi inaugurada em Setembro 2005 e as primeiras antenas de comunicação começaram a surgir em 2006.

Viajando pelo interior em zonas de difícil acesso é

já possível encontrar estas antenas embora não existam serviços de distribuição de água potável ou de electricidade.

Noticias, que até há poucos anos demoravam dias/semanas, mesmo meses a chegar às diferentes zonas do país, podem ser agora recebidas em segundos através de uma chamada ou dos canais de televisão por satélite (as baterias dos carros são utilizadas para gerar a electricidade que carrega os telemóveis ou fazer funcionar uma televisão por algumas horas).

Famílias, que tinham que esperar que algum familiar viajasse para ter noticias dos seus, estão agora em contacto permanente desde que tenham crédito suficiente para telefonar.

Para a série de paisagens Always in touch, percorri a estrada que liga Nouakchott a Adrar, região do interior onde se encontram as antigas aldeias das Caravanas, com os seus oásis e palmeirais. Ponho em evidência o deserto, espaços abertos ao infinito, onde a natureza não é clemente e onde só o nómada pode subsistir, seguindo um modo de vida transmitido e repetido desde há séculos. A modernidade manifesta-se na presença destas antenas.

Convidei Chris Kirkley para captar os sons que acompanham esta exposição. Durante as suas deambulações pelo interior, Chris desloca-se sempre em transportes locais gravando os sons que encontra. A selecção escolhida inclui por exemplo um grupo de mulheres que canta espontaneamente à noitinha para as visitas, utilizando uma mala como tambor, a rádio de um Toyota de transporte onde se houve o sermão do Imam aos berros, uma recitação corânica numa pequena aldeia onde os sons dos pássaros, das cabras e dos burros se sobrepõe ao som, uma guitarra eléctrica (instrumento que tem vindo a substituir desde os anos 70 a antiga “tidnit”) e cujas notas se repetem.

Como noutras épocas outros viajantes testemunharam, a tecnologia ocidental ainda no modelo modernista entra e altera a paisagem natural e humana.

Isabel Fiadeiro, Julho de 2011



Jiřina Nebesářová

Saiu da ex Checoslováquia em 1984 com o seu diploma de arquitecta no bolso.

Projectou navios transatlânticos no porto de Saint-Nazaire e diversas realizações arquitectónicas em Paris.

O seu trabalho de directora de programas para a Europa Central levou-a até Bruxelas em 1992, onde hoje reside.

Pinta paisagens na Islândia, Portugal, Marrocos, Tunísia, França, mas também na sua Boémia natal e canta canções checas, francesas, portuguesas e brasileiras.


Elle a quitté l'ex-Tchécoslovaquie en 1984, son diplôme d’architecte en poche.

Elle a projeté des navires transatlantiques dans le port de Saint-Nazaire et des réalisations architecturales diverses à Paris.

Son travail de directrice de programmes pour l’Europe centrale l’a amenée en 1992 à Bruxelles, où elle réside aujourd’hui.

Elle peint des paysages en Islande, au Portugal, au Maroc, en Tunisie, en France mais aussi dans sa Bohème natale et chante des chansons tchèques, françaises, portugaises et brésiliennes.


Odjela z bývalého československa v roce 1984 s diplomem architektky v kapse.

Navrhovala ve francouzském přístavu zaoceánské lodě a pracovala na prestižních architektonických zakázkách v Paříži. Práce ředitelky technických programů pro střední Evropu ji zanesla v roce 1992 do bruselu, kde žije dodnes.

Maluje krajiny na Islandu, v Portugalsku, v Maroku, v Tunisu, ve Francii, ale i v rodných čechách a zpívá české, francouzské, portugalské i brazilské písně.

Uma Exposição surpreendente de três extraordinárias pintoras

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Paula Cabral - Art Gallery / Café dos Artistas

Rua do Século, 171

1200 - 434 Lisboa

(Junto à Praça de Taxis do Jardim do Príncipe Real)

Tel./Fax: 21 3426014

Móvel: 91 236 6519

www.paulacabral-artgallery.com


HORÁRIO: Terça a Sábado das 15h00 às 21h00

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