sexta-feira, 4 de março de 2011

KUN IAM

KUN IAM
cumpre um ciclo lunar e é hoje uma imagem icónica de Macau


No próximo Dia 21 de Março, no início da Primavera, faz exactamente doze anos que o Centro Ecuménico Kun Iam foi inaugurado pelo Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio e pelo Governador de Macau, General Rocha Vieira.

Este Centro levou três anos a ser projectado e construído nas águas do Rio das Pérolas e representa a última obra pública, arquitectónica, escultórica e cultural realizada em solo Chinês com o alto patrocínio e empenhamento directo do Governo de Macau e da Unesco.
Cristina Rocha Leiria concebeu este projecto a partir da Deusa Kun Yam – Divindade que consubstancia o amor, a misericórdia e a compaixão – reforçando a sua mensagem ecuménica de solidariedade e de aproximação entre as pessoas.
O impacto da escultura da Deusa, com 20 metros de altura, fundida em 50 toneladas de bronze, erigida sobre uma cúpula de betão simbolizando a Flor de Lótus, o Centro Ecuménico, pode ver-se a vários quilómetros de distância da terra e do mar. Para a sua edificação foi necessário um trabalho de assoreamento, em frente aos novos aterros do Porto Exterior de Macau, em plena Foz do Rio das Pérolas, na construção de uma ilha artificial ligada a terra por um istmo com 65 metros.
O Centro Ecuménico visa perpetuar o respeito mútuo e a amizade entre todos os povos e civilizações, sendo como a sua autora, Cristina Leiria, o idealizou, um espelho de tolerância religiosa e do pluralismo cultural, características multisseculares de Macau.
Para assinalar este aniversário tão celebrado no Calendário Chinês, porque cumpre um ciclo de vida de 12 anos, a Arquitecta e Escultora Cristina Leiria vai realizar a partir de 21 de Março, até 30 de Abril uma mostra na Galeria Paula Cabral /Café dos Artistas sobre a construção desta obra, suportada com um ciclo de conferências e projecções, visando todos os aspectos que envolveram a construção da obra, desde a concepção criativa, o projecto arquitectónico, a criação da Ilha artificial, a obra de engenharia e fundição da estátua gigante, a logística, passando por questões mais sensíveis de envolvência ecuménica e filosofias do pensamento.

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